domingo, 26 de abril de 2015

Refazendo meus mini-jardins

Mini-jardins são fofos, mas com o tempo as plantas crescem, outras morrem, e eles perdem a forma. Tenho alguns e hoje resolvi refazer todos que estavam muito feios. Vou mostrar para vocês o antes e o depois. O interessante é que fui escafunchar minhas fotos antigas pra comparar o desenvolvimento dos mini-jardins com o tempo e foi muito legal lembrar como era no começo!

Esse foi o primeiro que fiz, já tem mais de dois anos e foi o que mais mudou com o passar do tempo!

                                         


terça-feira, 21 de abril de 2015

Como cuidar de uma rosa-do-deserto (Adenium obesum)

Pra quem não conhece, se trata desta belezinha aqui:


Fonte

Sobre a planta

Nome Científico: Adenium obesum
Sinonímia: Adenium coetaneum
Nome Popular: Rosa-do-deserto , Lírio-impala, Adenium
Família: Apocinaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Sul da África e Península Arábica
Ciclo de Vida: Perene

"A Rosa do Deserto é uma planta herbácea, suculenta, de aspecto escultural e floração exuberante. Seu caule é engrossado na base, uma adaptação para guardar água e nutrientes em locais áridos. Alcança de 1 a 3 metros de altura se deixada crescer livremente. Apresenta folhas dispostas em espiral e agrupadas nas pontas dos ramos. Elas são inteiras, coriáceas, simples, de forma elíptica a espatulada, verdes e com nervura central de cor creme. Raríssimas variedades apresentam variegações, com folhas creme, salpicadas de verde."

Abaixo fotos da adenium em seu habitat natural. Fonte: Pinterest






"Florações podem ser obtidas em plantas jovens, com apenas 15 cm de altura. O florescimento geralmente ocorre na primavera, sendo que há possibilidade de sucessivas florações no verão e outono. As flores são tubulares, simples, com cinco pétalas e lembram outras da mesma família como Alamanda, Jasmim-manga e Espirradeira."

Variedade das flores da adenium. Fonte: Pinterest






"As cores são variadas, indo do branco ao vinho escuro, passando por diferentes tons de rosa e vermelho. Muitas variedades apresentam mesclas e degrades do centro em direção as pontas das pétalas. Há ainda variedades de flores dobradas, triplas, quádruplas e quíntuplas."

Variedade de cores e formas através de cruzamentos. Fonte: Pinterest






"Essa espécie ainda permite enxertia, o que é bastante interessante para se produzir em uma mesma planta flores de cores diferentes."

Planta enxertada* com várias cores em uma mesma planta. Fonte: Pinterest




*O que é uma planta enxertada?


"A enxertia é um método muito curioso de propagação vegetativa de plantas, sendo muito utilizada na produção de mudas de frutíferas, para a fruticultura. A técnica consiste basicamente em juntar os tecidos de uma planta aos tecidos de outra planta, que geralmente é da mesma espécie, passando a formar uma planta com as duas partes: o enxerto (copa, base) e o porta-enxerto (cavalo, topo)." Fonte


Tem várias adeniuns e deseja tentar um enxerto? Nesse vídeo ensina como.

"Um dos segredos para deixar a base do caule interessante é levantar um pouco a planta, deixando a parte superior das raízes exposta a cada replantio, que deve ser realizado a cada 2 ou 3 anos. A planta enraizará normalmente. Para obter um aspecto engrossado e florações intensas, a utilização de um fertilizante de boa qualidade é fundamental. Ela não é muito exigente em nitrogênio, portanto uma fórmula específica de floração, que contenha mais fósforo é indicada."

Essa parte é muito importante. Para que a planta fique bonita é necessário um replante pelo menos uma vez ao ano. A raíz que é chamada de caudex, cresce muito pra dentro do solo, e para que fique bonita, desenterramos e subimos um pouco a cada replante. Vejam só esses caudex maravilhosos. Fonte: Pinterest







Cultivo:

"Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo perfeitamente drenado, neutro, arenoso, enriquecido com matéria orgânica e irrigado a intervalos esparsos e regulares. Não tolera o frio abaixo de 10ºC ou encharcamento. Apesar dessas exigências em drenagem não é bom deixá-la muito tempo sem regas. Em países de clima temperado e frio ela se torna semi-decídua e deve ser conduzida em estufas aquecidas no inverno. Ainda que tolere meia-sombra, florações abundantes só serão obtidas sob sol pleno. Dicas de plantio aqui.

"Podas de formação devem ser criteriosas para não formar deformidades não naturais e cicatrizes feias na planta, e luvas, pois sua seiva é altamente tóxica. Multiplica-se por sementes e estacas, porém o caule (caudex) grosso só se origina de sementes."

Outra parte importante no cultivo da adenium são as podas de formação para que fique bonita. Veja alguns vídeos ensinando como fazer a poda de forma correta aqui, aqui e aqui.

Gosta de bonsai? Aqui tudo o que você precisa saber sobre como fazer. Olha que lindo fica. Fotos Google Images






Plantando sementes de adenium

São muito fáceis de germinar e na internet se acha fácil pra vender, é só procurar lá no pai Google. Abaixo alguns links ensinando como fazer:

http://www.planterosadodeserto.com.br/como-plantar-e-germinar-sementes-de-adenium-obesum-rosa-do-deserto/

http://amoadenium.blogspot.com.br/2012/08/vamos-semear-adenium-rosa-do-deserto.html

http://pt.wikihow.com/Plantar-Sementes-de-Rosa-do-Deserto

http://adeniumdobrasil.blogspot.com.br/2015/01/plantar-semente-adenium.html

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Você sabe cuidar de bromélias?

Eu não, rss. Então resolvi pesquisar e partilhar com vocês. Antes de começar quero lembrar que o menu do layout antigo do blog que ficava do lado direto ainda está lá, é só passar o mouse em cima que vão abrir as abas. Lá você encontra links para os assuntos mais visitados do blog, atualizações, contato comigo, blogs que sigo... e muito importante, se você quer sempre ser avisado de quando tem post novo, lá você também acha um espaço para cadastrar seu email ok?

Bom, eu tenho algumas bromélias, e confesso que não tenho muito jeito com elas. Vamos aprender juntos?


Fonte


A Família Bromeliaceae 
Fonte do texto


"É uma família muito grande, compreendendo 1.400 espécies em 57 diversas subfamílias:

"PITCAIRNIOIDEAE, COM OS GÊNEROS: Brocchinia, Connelia, Dyckia, Encholirium, Hetchtia, Navia, Pitcairnia e Duya.

Exemplo de PITCAIRNIOIDEAE: Dyckia
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"BROMELIOIDEAE, : Aechmea, Billbergia, Bromélia Canistrum, Cryptanthus, Fernseea, Greigia, Hohenbergia, Neoregelia, Neoglaziovia, Nidularium, Pseudoananas, Quesnelia, Streptocalyx, Wittrockia.

Exemplo de BROMELIOIDEAE: Aechmea
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"TILLANDSIOIDEAE: Alcantarea, Catopsis, Guzmania, Tillandsia, Vriesia.

Exemplo de TILLANDSIOIDEAE: Tillandisia
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"* Curiosidade: Os estudiosos consideram o gênero Catopsis e Brochinia reducta como bromélias carnívoras.


Catopsis
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 Brochinia reducta
Fonte 


"As bromélias são plantas herbáceas de folhas ora largas ora estreitas, lisas ou serrilhadas, por vezes com espinhos, de cor verde, vermelhas, vinho, variegadas, com manchas, listras e pintas.
Só florescem uma vez somente no estado adulto, depois emitem filhotes e terminam o ciclo.
As flores variam conforme a espécie e o gênero, mas são pequenas e podem apresentar-se saindo de espigas (Tillandsia) em racemos (Aechmea) ou no centro da roseta de folhas (Nidularium). 

Bromélias em flor:








"São em sua grande maioria epífitas (ver post anterior) , vivendo em árvores numa evolução avançada, mas encontramos também ripícolas crescendo sobre rochas (Dyckia marítima) ou terrestres (Alcantarea)."

As Dyckias, na minha opinião, as bromélias mais lindas:


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"Algumas dicas para ter sucesso com suas bromélias:

"1. Se as folhas novas são mais longas em relação às mais antigas, o local de cultivo tem sombra demais. Também se a cor das folhas fica somente verde, perdendo o colorido.
2. Se as folhas começam a apresentar sinais e manchas pretas há água demais na muda.
3. Se aparecerem manchas secas nas folhas, a planta pode ter queimado com sol, também pode ter sido regada e a água agiu como lente sob o sol, queimando a folha.
4. Adubação demais pode apresentar sintomas parecidos, mas a queimadura começará nas pontas da folhas.
 
* As bromélias espinhentas, rígidas e de folhas estreitas, folhas cinzentas, avermelhadas ou com centro avermelhado apreciam mais luz, algumas podem receber sol direto pela manhã ou fim da tarde. As de folhas macias, verdes, apreciam locais à meia sombra. A luz das 13 até às 16 horas, principalmente no verão pode quase paralisar o crescimento da planta.
"É costume em floriculturas falarem de “bromélia de sol”, na verdade são poucas que apreciam muito sol, na mata onde estão fixas nos troncos elas não tem opção e por fotografias pode-se ver o estado das folhas, muito danificadas, queimadas e judiadas.
Se receberem a luz do sol coado por folhagens das árvores, sob arbustos, protegidas do sol forte demais, com certeza ficarão mais bonitas.
Sabe-se que a bromélia recebeu sol demais quando as folhas começam a amarelar, o verde fica mais claro, podendo, em casos graves, ficar ressecadas e queimadas."

Pragas

"As pragas mais comuns às bromélias também são as mesmas das outras plantas ornamentais, como cochonilhas, pulgões, aranha vermelha, lesmas e lagartas. A aplicação de sulfato de nicotina ou óleo de nim é uma solução ecológica e eficiente. Podemos controlar as lesmas com uso de iscas atrativas em potes no canteiro ou viveiro. Para canteiros em casa, espalhar cinza de lareira ou fogão ao redor, não prejudica as plantas e repele as lesmas. Ambientes úmidos em viveiros são lugares para aparecimento de fungos. A opção de usar fungicidas é de cada viveirista, mas o amador deve evitar. São venenos que fazem mal à saúde e ao meio ambiente. Quando notar aparecimento de fungos, retire do local a planta para evitar transmissão à produção, lavar com água e sabão as folhas (sabão comum) enxaguando bem e deixa-la à sombra de quarentenaO uso de chá de alho costuma ser eficiente."

As flores das Bromélias

"Quando atinge o estado adulto as bromélias florescem, algumas levam 3 anos (Guzmania e Billbergia) outras até 20 anos (Alcantarea). Pode-se induzir o florescimento como os cultivadores de abacaxi, com a aplicação no centro da roseta de um ácido que libera etileno. Daí vem a crença de que colocando uma maçã junto à uma bromélia ela florescerá, pois a maçã amadurece e destila etileno. As flores das bromélias são completas, isto é, tem os órgãos masculinos e femininos na mesma flor. O conjunto de flores é chamado de inflorescência e pode ter diversas formas. Em espiga, com brácteas vistosas (Tillandsia), dentro da roseta (Guzmania) e em racemo (Aechmea). As folhas ao redor da inflorescência são mais coloridas e de cor mais intensa quando está por florescer. Ao ser polinizada a flor formará o fruto, que pode ser semeado. Insetos fazem o trabalho de polinização e a reprodução cruzada entre flores de plantas diferentes ocorre na maior parte das vezes, aumentando a diversidade e sobrevivência no habitat."

Você sabia que o abacaxi é uma bromélia?


Fonte

Mas também temos o abacaxi ornamental, que fica pequeno e não é comestível. Facilmente encontrado em floriculturas.

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Reproduzindo por sementes: Acesso esse link para saber mais.


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Sabia que você pode cultivar abacaxi em vaso? O mesmo sistema pode ser feito tanto com o ornamental como o comum. Acesse esse link.

nesse link muito mais detalhes sobre as bromélias.


domingo, 29 de março de 2015

Plantas parasitas

No post anterior falamos das plantas epífitas. Muitas pessoas pensam que elas se alimentam da planta na qual se apoiam, mas na verdade não. As que fazem isso são as plantas parasitas. Quer ver como já viu por aí e nem sabia? Olha só essa foto abaixo:


Fonte

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Essa é a Cuscuta spp. mais conhecida como fio de ovos. Se vir uma dessa nas suas plantas corra para arrancá-la ou até sacrificar a planta afetada e tacar fogo. Ela se alastra impiedosamente sufocando a planta hospedeira. Elas produzem milhares de sementes que ficam viáveis no ambiente por até 15 anos. Estas se disseminam facilmente e além disso são carregada por pássaros para fazer ninhos. Além de todo esse problema, a fio de ovos ainda transmite doenças virais.

"Assim que encontra sua vítima, a pequena muda se enrosca e emite haustórios, órgãos de sucção e fixação que penetram no tecido da planta afetada roubando-lhe a seiva elaborada. As raízes originais morrem então, pois não são mais necessárias. Seu crescimento é veloz e algumas espécies podem crescer cerca de 7 cm por dia.
"Não há nenhum herbicida específico para acabar com este parasita. As medidas de controle incluem arrancar manualmente toda a praga e queimar os restos infestados, preferencialmente antes da floração e frutificação. Se você estiver disposto a sacrificar a planta hospedeira para conter o espalhamento dos fios-de-ovos, herbicidas pré-emergentes, como Dacthal, combinados com a aplicação de 2,4-D, irão matar tanto a hospedeira como a parasita." (Fonte)

Vamos lá conhecer mais algumas e mais sobre essas curiosas plantinhas
:

Encontrada em matos e matagais e orlas de bosques. Parasita de Leguminosas arbustivas (Cytisus spp., Ulex spp., Genista spp.)
Fonte

"Do mesmo modo que muitas plantas estabelecem uma interação com animais ou com fungos, também existem algumas plantas que estabelecem uma estreita relação com outras plantas. São as plantas parasitas ou HOLOPARASITAS (parasitas totais) que perderam por completo a função fotossintética. As folhas são desnecessárias e estão reduzidas a pequenas escamas amareladas ou desapareceram por completo. A transpiração foliar é nula e também os órgãos de transporte de água, como o xilema, são muito reduzidos ou não existem, assim como as raízes.

Orobanche ramosa
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"As plantas parasitas desenvolveram órgãos de sucção especiais, que penetram nos feixes condutores da planta hospedeira, os haustórios, que utilizam diretamente do floema a matéria orgânica sintetizada pelo hospedeiro, não havendo por isso necessidade de realizar a função fotossintética. Muitas espécies parasitas são subterrâneas ou vivem dentro dos tecidos de outra planta (hospedeiro) e só na altura da floração se tornam visíveis para o exterior, desenvolvendo algumas flores de cores lindíssimas.

Orobanche gracilis. Encontrada em prados, pastagens, matos, baldios, incultos. Parasita leguminosas, talvez com preferência por leguminosas arbustivas, sendo frequentemente encontrada sobre Retama sphaerocarpa e Cytisus.
Fonte


"Uma destas parasitas, talvez a mais conhecida é a Rafflesia, das florestas tropicais úmidas de Bornéu e Samatra. Produz a maior flor do mundo, cujo diâmetro chega a atingir 1m e no entanto todo o seu ciclo de vida se reduz a uma rede de filamentos escondidos no interior da planta hospedeira.

Olha a Rafflesia aí:


Fonte

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"No clima mediterrânico também se encontram algumas parasitas deste tipo como o Cytinus hipocistis, uma parasita específica da família das Cistaceas, espécies muito abundantes por todo o mediterrâneo. Cytinus hipocistis desenvolve todo o seu ciclo de vida no interior da raiz das suas hospedeiras e só na altura da floração, que é coincidente com a da planta hospedeira, a partir de Fevereiro/Março, sobressaem ao nível do solo pequenos botões florais avermelhados que abrem em cachos de pequenas flores amarelo alaranjadas." (Fonte)

Cytinus hypocistis
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"Outra das mais raras plantas do mediterrâneo, que cresce em zonas arenosas próximo do mar é o Cynomorium coccineum. Na ilha de Malta, onde foi muito abundante, é designado por fungo maltês embora não seja de fato um fungo, mas uma autêntica planta. A maior parte da sua vida é subterrânea e retira os seus alimentos da raiz da tamargueira. Neste estádio do seu ciclo de vida reduz-se a um caule donde brotam numerosas ventosas que a ligam às raízes da planta hospedeira. As folhas reduziram-se a um pequeno número de escamas minúsculas à superfície do caule. No verão irrompem do solo espigões grossos que se elevam alguns centímetros acima deste e que estão cobertos por uma grande quantidade de minúsculas flores vermelhas tão próximas umas das outras que parecem uma pele bastante rugosa." Fonte


Cynomorium coccineum
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Interessante não é? Vamos ver mais algumas fotos dessas plantas estranhas (fotos wikipédia):


Afrothismia hydra

Monotropa uniflora

Monotropa uniflora

Essas três beldades acima são ainda mais bizarras, pois parasitam parasitas!

"Muito da diversidade e riqueza vegetal se deve a fungos de solo e suas micorrizas, associações entre fungos e plantas, uma vez que eles fornecem às plantas água e nutrientes do solo e elas fornecem açúcares formados na fotossíntese.Claro que nem sempre a associação é tão pacífica, e muitos fungos podem apenas captar recursos das plantas sem fornecer nada em troca. O que a planta fantasma e as Afrothismia aí acima fazem é a chamada mico-heterotrofia, ou seja, as raizes destas plantas parasitam as hifas dos fungos que se associam a outras plantas (simbiontes ou parasitas).Graças a este estilo de vida, elas não precisam mais produzir a própria energia e podem dispensar a clorofila e as folhas, e investir apenas em raízes e flores, para crescer e se reproduzir como todo bom parasita." Fonte

domingo, 22 de março de 2015

Plantas epífitas, o que são?

Antes de começar o post, vocês devem ter notado a mudança do layout do blog. Sim, eu mudo toda hora, nunca estou satisfeita, rs. Vou fazer um teste deste modelo e vocês me dizem se está bom ok? O menu que ficava do lado direito continua lá, apenas para aparecer é só passar o mouse no canto direito da tela pra ele aparecer.

Vamos ao post desta semana:


O nome é complicado, mas você já deve ter visto por aí. Resumindo - os mais comuns: são as bromélias, orquídeas e alguns cactos.

"Epifitismo é o modo de vida das plantas epífitas, que são as que vivem sobre outras plantas, sem retirar nutrientes delas, mas apenas se apoiando nelas (se retirassem nutrientes, não seriam epífitas, mas parasitas). O epifitismo é algo comum nas florestas tropicais, onde a competição por luz e espaço não permite que plantas herbáceas prosperem sobre o solo. Desta forma, certas espécies que conseguiam germinar sobre a casca das árvores, acima do nível do solo, foram selecionadas, e hoje encontram-se milhares de espécies com hábito epifítico." Fonte


Árvore suportando, sobre seu tronco e ramos, numerosas plantas epífitas, no Parque Santa Elena, na Costa Rica.

"São tipos de vegetais que não enraízam no solo, fixando-se em outras árvores ou objetos elevados como rochas, telhas, construções etc.Têm porte discreto. Se fixam nos tecidos superficiais dos troncos e galhos para receber luz solar e umidade com mais facilidade do que se estivessem diretamente no solo. Dispõem de sistemas específicos para absorver umidade do ar e extrair sua alimentação mineral da poeira que recai sobre si. Necessitam de grande quantidade de umidade e de luz."

Complicado? Não, você tem delas aí bem no seu nariz: por exemplo, as tillandisías... são muito encontradas fixadas nos troncos das árvores no meio urbano. Uma pena que floresçam uma vez ao ano... e me casa são bem difíceis de florir, pelo menos a que eu tenho fixada no tronco da amoreira do quintal.


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"Em geral, as epífitas vicejam sobre o tronco das árvores e dispõe de raízes superficiais que se espalham pela casca e que absorvem a matéria orgânica em decomposição disponível. Muitas vezes, as raízes são acompanhadas por um fungo microscópico conhecido como micorriza, que se encarrega de transformar a matéria orgânica morta em sais minerais, facilitando a sua absorção pela planta. Por vezes, o epífito não absorve matéria prima da superfície da árvore ou arbusto, e suas raízes podem ser atrofiadas ou ausentes, de modo que o epífito utiliza seu hospedeiro apenas como suporte para alcançar seu ambiente ideal nos estratos da floresta."

Orquídeas em seu habitat natural:


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É muito importante não retirar as orquídeas do seu habitat natural, pois várias já estão em extinção. Eu acho lindo mas não tenho mão para criar orquídeas, deixo para os profissionais ou amadores com mão boa pra elas. Tenho algumas fixadas também no tronco da árvore mas não florescem. Quando elas estão fora do seu habitat e não estão em vaso, precisam de adubação constante para crescerem felizes e florescerem. É legal ter só um cantinho pra elas também, protegido do sol. Então como espaço aqui é uma coisa rara, fico só com as minhas ornamentais e cactos e suculentas, que já é muito pra eu cuidar! Não adianta acumular plantas e não dar conta de cuidar de todas não é?

"As epífitas jamais buscam alimento nos organismos hospedeiros. Suas raízes superficiais não absorvem a seiva da planta hospedeira, não há qualquer relação de parasitismo. Ou seja, a presença de epífitas não prejudica a árvore ou arbusto onde elas vegetam. A incidência de espécies epífitas diminui à medida que se aumenta a distância para a Linha do Equador, ou afasta-se das florestas úmidas para áreas mais secas. Alguns exemplos de epífitas são as polipodiáceas (fetos ou samambaias); cactáceas (flor-de-maio); as bromeliáceas (bromélias ou gravatás); as orquidáceas (orquídeas)."

É interessante ressaltar isso de que as plantas epífitas não se alimentam da árvore na qual estão grudadas. Muita gente pensa que por exemplo, as raízes das orquídeas retiram alimento do tronco em que estão, mas é mito. Nas plantas "comuns", que precisam estar na terra pra sobreviverem sim se alimentam pelas raízes, mas as epífitas não. Ah, e aposto que se assustou de saber que a flor-de-maio é um cacto e também uma epífita não? Planta de vó, aposto que todo mundo tem uma em casa. Olha ela em seu habitat natural aí:

Fonte

"No caso das bromélias, existem as epífitas e as não epífitas: todas têm seu cálice em forma de rosa no ponto onde as folhas se juntam, numa chamada "disposição rosácea"; este mecanismo faz com que recebam água da chuva, poeira e pequenos insetos mortos, que, decompostos pela água e misturados à poeira, serão aproveitados em sua nutrição."

Bromélias epífitas em seu habitat:

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As samambaias também são epífitas:

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Quem nunca viu uma ripsális? Nas árvores do Rio de Janeiro tem de monte, e sim são da família das cactáceas.

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Mais plantas de vó que são epífitas: dama-da-noite...


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Fonte - Sim, a Pitaya é da mesma família

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... e cacto-sianinha...


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Tem tempo que não falo de sementes né? Quanto à semeadura dos epífitos, não tenho experiência a não ser com as cactáceas, pois elas dão frutos e as sementes são fáceis de germinar; quanto às bromélias e orquídeas são mais complicadas de propagar por sementes e as samambaias se propagam por esporos. Quer saber mais? Abaixo alguns links interessantes sobre semeio dessas belezuras: