quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Como cultivar Rainha-do-abismo (Sinningia leucotricha)

Uma planta muito exótica, maravilhosa, e é nativa do sul do Brasil, especificamente do Paraná. Há alguns anos vem sendo comercializada por alguns viveiros, ainda não muito fácil de se achar mas bem mais do que uns 2 anos atrás. Com vendedores de suculentas e cactos no facebook consegue-se mais fácil ou encomendando em grandes Ceasas e viveiros no estado de SP.


Minha Rainha



Eu sempre fui louca nesta planta desde que tomei conhecimento da sua existência. Como participo há anos de grupos no facebook sobre cactos e suculentas, não foi difícil achar algum vendedor ou viveiro que tivesse disponível para venda. Esse é o terceiro exemplar que possuo há um ano e está indo muito bem. Os outros dois deixei morrer.

Como podem ver, ele tem uma batata na base e em uma época do ano entra em dormência, perdendo as folhas e rebrotando no ano seguinte. As flores duram umas 2 semanas e as folhas podem perdurar por meses. As raízes da batata são bem fininhas. Quando chegou aqui, eu somente coloquei a batata sobre este vaso com terra, nem afundei nem nada. O erro nesse cultivo está em se afundar muito a batata e com as regas ela apodrecer.


Nesta foto ela estava iniciando a floração

A batata não se divide, mas cresce a cada ano. Eu penso que esse meu exemplar tenha 10 anos ou mais, pelo tamanho da batata. Pega sol a tarde e como está muito quente e seco, rego dia sim e dia não. O substrato é o mesmo que uso para suculentas, bem drenável.

De acordo com as minhas pesquisas, em climas mais quentes, ela permanece com a mesma folhagem por até 2 anos, não entrando em dormência. Como seu habitat natural é de clima mais frio e de grandes altitudes, nesse clima ela entra em dormência todos os anos para rebrotar na primavera seguinte. Realmente aqui ela não dormiu. Eu mesma cortei algumas folhas pois quando ela chegou as folhas estavam meio danificadas.


Detalhe das folhas com sua "penugem", conferindo um aspecto prateado na planta

As flores também têm a "penugem" que recobre as folhas e é atrativa para beija-flores. Também pode ser cultivada à meia sombra. A propagação é feita por sementes. Ansiosa para aparecer sementes por aqui e por a germinar! Os bebês devem ser encantadores!

O triste é que devido a esta planta ser originária de um local específico do Brasil, a grande coleta de curiosos faz com que ela esteja bem rara. Li uma matéria que dizia que no Paraná os índios vendem aos turistas nas cidades. Se você tem uma em casa, cuide bem e propague! Dizem que pela divisão da batata ela se reproduza, mas eu não arrisco a matar a minha preciosidade! Por estacas diz que é difícil enraizar. Esse método ainda quero testar.


Detalhe da batata e novos brotos surgindo

"Sinningia leucotricha (Hoehne) Moore é uma planta nativa do Estado do Paraná pertencente à família Gesneriaceae e conhecida popularmente como rainha-do-abismo. Planta herbácea possui folhas totalmente recobertas por densa pilosidade de aspecto prateado, que em contraste com sua inflorescência avermelhada, torna-a atrativo de grande beleza. O sistema radicular é constituído por uma raiz tuberosa e por raízes secundárias, que possibilitam a fixação e a nutrição da planta. A raiz tuberosa propicia reserva de água, nutrientes minerais e carboidratos, o que garante a sobrevivência em períodos desfavoráveis e de dormência nos meses frios."
Fonte

Descobri que quanto mais sol a planta pegar, mais prateada e mais "pilosa" ela ficará. Como a minha pega sol praticamente o dia todo, mais o sol forte da tarde, está bem peluda rs.


"São 70 espécies conhecidas (99% delas encontradas no Brasil). Além desta coincidência, tem a característica principal: adoram precipitar-se em abismos. A mais "popular" delas é a gloxínia, uma variedade já cultivada, desenvolvida a partir da espécie Sinningia speciosa. A primeira descrição de uma rainha-do-abismo data de 1870. Foi provavelmente a Sinningia helleri, descoberta na Serra do Tinguá, no Estado do Rio de Janeiro. Já o menor exemplar que se tem notícia é a Sinningia pusilla, nativa da Serra dos Órgãos, também no Rio. Ela tem cor lilás e mede apenas 1 centímetro. Com todas as folhas, não passa de 5 centímetros. Por sua vez a maior delas encontrada até agora é a Sinningia gigantifolia. Natural dos campos de altitude de Itatiaia (entre São Paulo e Rio de Janeiro), suas folhas chegam a ter um metro de diâmetro. Apenas três espécies são conhecidas como aromáticas: Sinningia aggregata, Sinningia harleyi e Sinningia valsuganensis."
Fonte


Belíssimas fotos da Rainha-do-abismo em seu habitat natural (e daí vem seu nome, pois elas adoram se precipitar em abismo!)

Fonte das fotos: Terrastock






Fonte da foto abaixo Baixaki



6 comentários:

  1. polinizei egerminei sementes da sinningia striata,com praticamente100% de sucesso

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  2. Bom dia em seu comentário que você conseguiu propagar a rainha do Abismo por semente Já procurei em vários sites não vi nenhum que ensinasse como fazer isso por favor daria para você me ensinar agradecida

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    1. Olá, qualquer semente não tem mita regra, ela precisa de umidade pra germinar. No caso dessa planta, como nunca vi as sementes, se são grandes ou finas como pó, não sei te dar uma dica precisa. Se ela for que nem pó o ideal é fazer uma estufinha e deixar tampada até germinar e ficar maior. Se for uma semente maior você enterra, rega e deixa na claridade. Aqui no blog temos um artigo específico ensinando como plantar sementes, que você pode ler aqui:

      https://diariodeumasementeira.blogspot.com/2013/08/como-plantar-sementes.html

      Espero ter ajudado, abraços

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  3. Ela é considerada uma orquídea ou suculenta?? Gostaria de saber. Obrigada.

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